sábado, 23 de março de 2013

Roberto Lima Cury escreve sobre "O Estranho Amor da Senhora Calls" romance de Luiz Ademir Souza.


 O ESTRANHO AMOR DA SENHORA CALS
Roberto Lima Cury*
               O Estranho amor da senhora Cals, ficção do escritor Luiz Ademir Souza, é sem dúvida alguma uma grande sátira “curtida” à política brasileira. As personagens lembram sempre importantes nomes de políticos brasileiros (alguns, por desacerto nosso, ainda hoje têm evidência no cenário nacional), demonstrando a competência de um autor experiente e que sabe tratar com personagens intrigantes e problemáticos.
                 Luiz Ademir, por já ser um escritor de nome e experiente na criação de figuras humanas, sejam elas do interior e/ou da capital, consegue proporcionar ao leitor uma visão globalizada da futilidade política brasileira, sem medo algum de nada, nem propostas de apelação. Isso porque é muito independente e nunca precisou correr atrás de órgãos públicos nem tão pouco juntar-se a esses “bandos” de exploradores do povo. É de conhecimento público que Luiz Ademir não dá a menor ousadia a políticos nem a diretores de órgãos oficiais ligados à cultura nacional. Quando dirigiu a divulgação da TV Educativa foi interessante: não se adaptou exatamente por estes problemas, caiu fora e se mandou para a Europa.
                Com uma bagagem de vida incrível, invejável, egresso do interior (onde começou sua brilhante carreira literária), Ademir se projetou com os romancec Maristela, prefaciado por Jorge Amado e lançado também em Inglês, Prostituta Virgem e Defuntos-Carnavais com introdução do Giuseppe Brazzi, também seu tradutor italiano, edições locais aqui no Brasil e no exterior.
                    Já que o Luiz Ademir escritor dispensa comentários porque é retado e reconhecido por seu talento, o bom mesmo é a gente falar do Ademir amigão, gente, tímido, assanhado quando quer e às vezes muito louco. O leitor ao observá-lo jamais dirá do que ele é capaz. Dinâmico como ninguém, alegre e triste ao mesmo tempo e por incrível que pareça solitário, no sentido de gostar de ficar só, com ele mesmo, avesso a suicídios (isso é demais!),  sempre preocupado com os problemas sociais causadores de tudo, corajosíssimo, o que nos tempos de hoje é difícil, uma verdadeira fortaleza cultural e moral, embora ainda morando na Bahia, no Sítio Tenda do Tecô. Ainda me lembro dele quando o entrevistei para o Jornal do Brasil em 1975, e tratamos de política e cultura nacionais.
                  Ex-funcionário do banco, por quase uma década, ex-assessor de governos vários (“uma merda”), produtor cultural de arromba, incrível editor, articulista de A Tarde, por muitos anos, desvinculado de academias de letras e blá-blá-blá outros (e isso é bom frisar, embora tenha sido apresentado a Academia Brasileira de Letras por Jorge Amado já por três vezes), professor titular de Universidade pesquisador da área de arte, lecionando Comunicação de Massa, Metodologia do Ensino e do Desenho Artístico, sua formação Básica na UFBA.
                       É tanta coisa que Luiz Ademir tem feito que se torna difícil enumerar. Morou na Alemanha um período está com livro de poemas Molhado de Vidro e Corte, sendo traduzido pela escritora e professora do Goeth- Institut Ingrid Simson.
                      Assim é este cara simples e retado, curtidor e incrivelmente sério, quando quer ser. E só, muitas vezes, refletindo sua história e o seu tempo.
                    O conto O estranho amor da senhora Cals o coloca entre os maiores nomes da ficção do Brasil, escritor há quase duas décadas atrás, recompõe essa visão “sacana” que ainda hoje reflete os bastidores da política nacional.
                  Por isso mesmo vale a pena “engolir” este texto pela sua essência e grandiosidade literária peculiares do grande Luiz Ademir.
*Roberto Lima Cury
Escritor, Jornalista (RJ) 

Jorge Amado: "Vim de ler os originais de “Maristela”, novo romance de Luiz Ademir Souza, e vejo como acertei quando, ao apresentar alguns livros de jovens baianos à Academia Brasileira de Letras"


GENTE E VIDA

JORGE AMADO

                          Vim de ler os originais de “Maristela”, novo romance de Luiz Ademir Souza, e vejo como acertei quando, ao apresentar alguns livros de jovens baianos à Academia Brasileira de Letras, entre os quais um de sua autoria, “Defuntos-Carnavais”, disse-lhe que o que é importante é continuar a trabalhar, não lhe faltando vocação e talento para o exercício da literatura.
                           Há um evidente avanço do ficcionista de um para outro livro. Em “Maristela” Luiz Ademir domina a matéria sobre a qual trabalha, já se expande  numa maior afirmação dos personagens e dos ambientes. Mantendo ainda o diálogo como principal eixo da construção romanesca-  e seu diálogo é natural e vivo – Já a enriquece no entanto com uma mais ampla perspectiva , sobretudo quando retrata o ambiente de Conceição do Almeida, a realidade do fumo e suas cinsequências. As figuras em “Maristela” crescem e se afirmam fortemente. Sente-se o romancista a dominar pouco a pouco  seus meios de expressão.
                           Os Livros de Luiz Ademir Souza, o último devido à conotação social, lembram-me de um romance que li em minha juventude: “Passageiros do 3ª “, de Kurt Kleber, na qual toda narrativa era desenvolvida através do diálogo e com sucesso. Não sei se a intenção consciente de Luiz Ademir é solucionar assim a problemática da ficção, deixando de lado outros elementos da narrativa.  Penso que seu caminho e sua afirmação dependem de ele continuar a trabalhar e ampliar o território de seus evidentes acertos.

                         Gostei de reencontrar Conceição do Almeida como chão de um livro, terra de “Maristela” e da gente de Luiz Ademir. Lembro-me dos tempos distantes em que parei na pequena cidade do recôncavo baiano enquanto escrevia “Jubiabá”. Eu era então um jovem cheio de ambição literária e de ímpeto, assim como Luiz Ademir e tantos jovens de hoje. Se fui adiante, eu o devo a ter tido disciplina e humildade em meu trabalho. Só o próprio romancista pode realmente com trabalho constante, dar medida justa e necessária ao ímpeto e à ambição que o levam a querer criar gente e vida. "

Luiz Ademir Souza: Aguarde retorno em grande estilo da Contemp. O gra...

Luiz Ademir Souza: Aguarde retorno em grande estilo da Contemp. O gra...

Aguarde retorno em grande estilo da Contemp. O grande marco da literatura brasileira.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Luiz Ademir Souza : um nome marcante na cultura brasileira.

"Luiz Ademir 40 anos de literatura é festa nacional: seus admiradores e fãs - e milhares de alunos e amigos (porque se trata de um homem muito bem relacionado) - e o mundo quase todo já o recebe como verdadeira revelação das letras e das artes – o que traduz o VIVO Brasil lá fora, tão bem visto e interpretado através das personagens e dos versos contemporâneos de Luiz Ademir Souza, pai e avô, 57 anos de resistência e amor à cultura brasileira."
*MARINA SCALDAFERRIH, jornalista (2008, Itália)



LUIZ ADEMIR 40 ANOS 

DE LITERATURA Marina Scaldaferrih, jornalista*

O escritor brasileiro Luiz Ademir Souza faz 40 anos de literatura em 2009, para o que muitos eventos estão sendo organizados e preparados em sua homenagem no Brasil e no exterior, em parceria com a Fundação Luiz Ademir-Flmair, Fundação Ibero-Americana e a W-Ford Digital Company.

A programação Luiz Ademir 40 Anos de Literatura está sendo esperada com muita expectativa, porque traz a história de vida e das letras do professor, jornalista, empreendedor e escritor-poeta baiano para o mundo (Brasil, Alemanha, Inglaterra, Itália, Espanha, Canadá e Estados Unidos).

Você não pode perder:
      
Luiz Ademir nasceu em Conceição do Almeida, e em seguida sua família se mudou para Muritiba, ambas as cidades no recôncavo da Bahia, daí para Vitória da Conquista, no sul do estado, e retornando ao sertão, para Feira de Santana, próxima à capital - para formar-se e desenvolver-se na literatura e nas artes, começando com os livros Serafim: Complexo de um Amor Vivido e A Prostituta Virgem, romances que o tornaram conhecido na região de Feira de Santana, princesa do sertão. Aquela gente o abraçou e o enlevou a um dos grandes nomes das letras na Bahia. O livro Cinco Poetas Contemporâneos, 1974, teve prefácio dos saudosos jornalistas Jorge Calmon e Junot Silveira, enquanto a coletânea Em Carne-Viva fazia sucesso também com préfácio de José Barreto, Pedro Formigli, Germano Machado, Jorge Lindsay, Christo Planzo, Dina Gleyser, Gláucia Guerra, Graça Sena, Franklin Machado, Jair Mendonça e José Reis.

Definitivamente, mudando-se pra Salvador, há 37 anos, formou-se em arte pela UFBa.(1976), especializou-se no Brasil (Educação-Comunicação-Cultura, Arte, Cinema e Televisão e Meio Ambiente) e no exterior (Comunicação de Massa) e ainda hoje é professor-titular de Arte, Comunicação e Educação da Universidade Católica do Salvador – há mais 30 anos de trabalho. Pioneiro em instalar e dirigir grandes instalações urbanas com apoio da Ucsal na década de 80.

Começou como colaborador nos jornais A Tribuna, Diário de Noticias e Jornal da Bahia – 1970, tendo como referência o escritor Franklin Machado. Atuou em seguida no jornal A Tarde como articulista por 11 anos e Diário Oficial da Bahia no mesmo período prolongando até 1990. Fundou e dirigiu a Revista da UNEB. Coordenou o Movimento Cultural Contemp e lançou mais de 5 mil artistas e escritores - em 35 anos de atividade. Presidiu o jornal Aqui Ficção, com apoio da ALB. Na educação, implantou os cursos de arte da UCSal e participou da implamentação da Universidade do Estado da Bahia, sob a direção geral de Edivaldo Boaventura - e os seus cursos de Comunicação - e ainda fez parte do grupo que implantou a TV Educativa da Bahia, sendo primeiro diretor de Comunicção da emissora - quando assessor do secretário de educação Edivaldo Boaventura, no governo João Durval, coordenadou sua coluna Educação, publicação semanalmente em A Tarde. De lá pra cá implantou e instalou várias entidades de comunicação (TV Recon canal 25) e de ensino, destacando-se a Universidade do Recôncavo e seu primeiro reitor pró-tempore, todas pioneiras no interior, enquanto em Salvador, a Universidade Contemporânea, a Esiba-Escola de Informática da Bahia e a instalação do curso de Jornalismo, Propaganda e Marketing da Faculdade 2 de Julho ganhavam corpo. Sua dinâmica e atuação chegou ao ápice com a direção geral da Universidade do Recôncavo, em Cruz das Almas. Atualmente é diretor executivo da Funasp, reitor da Universidade das Américas, no Brasil e presidente do grupo MCC Construtora

Artista plástico (pioneiro em instalaçãos neointerferenciais urbanas de grande porte, quando professor titular de arte da UCSal, com mais de 30 anos de atividade), editor experiente e autor premiado (Prêmio Prefeitura de Salvador e Medalhão de Ouro Lions Clube, ambos na década de 70, Diplomas, Certificados e Medalhas e Troféus diversos em todos os seus 40 anos de literatura, além do grande Prêmio Ibero de Literatura 2005 da Espanha e o interessante/intrigante título Barão de Itapuã), Ademir tem vários lançamentos no exterior, entre esses O Estranho Amor da Senhora Calls(conto, capa/ilustrações de Robério Cordeiro, 4ª edição, trilingue, na Feira do Livro de Frankfurt 1994), as edições especiais Maristela (12ª edição, prefácio original de Jorge Amado e capa Calasans Neto / ilustrações de Graça Ramos e Juarez Paraíso), Defuntos-Carnavais (5ª, com prefácio do italiano Giuseppe Brazzi e Vera Matos), Cecília Bandeira – a prostituta virgem (10ª, com capa de Vivaldo Lima e abas de Sergio Matos / ilustrações de Guache Marques).

Outras obras como Mombaça, versos-textos, e Pausa e Prenúncio, poesia, ambas em parceria com o historiador Geraldo Coni, marcaram época. Todas estas atividades do escritor Luiz Ademir e sua grandeza espiritual justificaram a criação e o funcionamento da Fundação Luiz Ademir-Flamir, sediada na bela e bicentenária Estação de Trem, na pequenina cidade de São Félix, no interior da Bahia, além de escritórios no Brasil e no exterior.

Luiz Ademir 40 anos de literatura é festa nacional: seus admiradores e fãs - e milhares de alunos e amigos (porque se trata de um homem muito bem relacionado) - e o mundo quase todo já o recebe como verdadeira revelação das letras e das artes – o que traduz o VIVO Brasil lá fora, tão bem visto e interpretado através das personagens e dos versos contemporâneos de Luiz Ademir Souza, pai e avô, 57 anos de resistência e amor à cultura brasileira.

*MARINA SCALDAFERRIH, jornalista (2008, Itália)



12 ANOS DE ATIVIDADES LITERÁRIAS - 60 Coletâneas com autores novos
MUSICAIS- 32 espetáculos
CINEMA- 22 oficinas de Cinema FEST-C
EVENTOS CULTURAIS - 102 Solenidades (com titulação honorífica)
IMPLANTAÇÃO (em fase de) - 10 Universidades, inclusive a UNI-FIX, de São Félix)
Implantação de Universidades, mantidas pela Fundação 2011/ 2012
UNI-SANTO, UNICAM, UNIBAM, UNIBERO, UNICAL, UNIV, UNESC, UNISF, UNICRUZ, UNEO, etc.
UNIBERO (IMPLANTADA EM SALVADOR) - 1200 bolsas de Pós-Graduação Programa de Bolsas 
PROGRAMA DE BOLSAS – Projeto Cenafor 22600 bolsas capacitação e qualificação profissional para jovens e adultos
MOSTRAS DE ARTES VISUAIS - 57 exposições coletivas e individuais de artistas diversos
entre outras.